sexta-feira, 8 de outubro de 2021

AESPA vieram selvagens com suas escolhas musicais

 O grupo novato Aespa fez seu comeback dia 5 de outubro com seu primeiro mini álbum trazendo uma nova face para o K-Pop

por Torya/ 08-10-2021
fonte: Twitter oficial do @aespa_official

         O grupo rookie (novato) Aespa fez seu comeback nesta terça feira dia 5 de outubro com seu primeiro mini álbum chamado “SAVAGE”. O quarteto que já tinha apresentado três singles desde o debut chegou com um mini álbum de 6 músicas todas dentro ou inspiradas na corrente de Hyperpop.

O grupo já tinha mostrado que trabalharia com sons experimentais e o uso do estilo Hyperpop para um grupo de K-Pop é relativamente novo. A faixa-título “SAVAGE” com mais de 30M de views no MV nas primeiras 24h pelo YouTube leva um 4.5/5 da escritora e o álbum como um todo um 7/10. Pelas razões de: serem músicas bem feitas, terem consistência nos trabalhos, tanto neste mini álbum, como dos single anteriores, porém são músicas muito carregadas e que fogem demais dos padrões. 

De formas inesperadas para um grupo de K-Pop, ainda mais para um que está em uma posição de destaque na mídia, o trabalho como um todo se apresentou consistente com suas experimentações. 

Algo relativamente raro para um artista ao estar em tal posição de destaque na indústria da música, mesmo que o próprio estilo, K-Pop, já tenha se mostrado adepto de novidades e transformações em como consumimos música (mas isso não é uma discussão para uma crítica e sim um post somente para tal).

Depois de algumas pesquisas, porque a escritora não conhecia o estilo Hyperpop (mesmo que ela já tivesse ouvido e até tinha algumas músicas salvas na playlist), a constatação de que o estilo utilizado em todo o álbum de uma forma ou de outra, é mais do que conveniente para as garotas do Aespa. 

Com referências Eletrônicas, do Hip Hop e de Dance Music que levam o Pop ao extremo do gênero, a escolha pelo Hyperpop no álbum “SAVAGE” como primeiro trabalho mais longo do grupo caiu como uma luva. 

Juntando com o que se mostrou uma prática típica do grupo de subverter a estrutura formal de uma canção de Pop, a utilização de momentos musicais contrastantes entre si e um conceito de grupo baseado em um metaverso onde tecnologia e vida cotidiana se cruzam, eu não poderia imaginar um caminho diferente para as garotas que ainda vão completar seu primeiro ano de debut.

O ar futurista e carregado do álbum trazendo músicas derivadas do uso do Hyperpop refletem perfeitamente o conceito do grupo. Garotas ligadas ao mundo virtual que tem até seus próprios avatares para interação com o virtual e o mundo real.

A faixa-título com sua estrutura formal (estrofes, refrão e ponte) não segue o padrão de uma canção pop e sim, novamente, uma estrutura um pouco diferente como já usado pelo grupo em “Next Level”

A influência Hyperpop pode ser percebida não apenas pelos usos de sons distorcidos e metálicos como pelo falo da música ser muito carregada e até repetitiva em certos momentos.

O álbum é bom, bem produzido e interessante, ainda mais pela escolha de um subgênero que não é muito usado nessa indústria e por esse fato mesmo causa grande desconforto e estranhamento. 

E assim como ela causa muito desconforto no início por ser algo diferente, depois de se ouvir algumas vezes, não apenas a faixa título, todo o álbum passa uma sensação de cansaço. 

É informação demais para apenas 6 músicas.


ESCOLHA MUSICAL: 


Mas mesmo assim o álbum conseguiu um lugar no meus favoritos, a estética metálica e barulhenta me agradam, mesmo que cansem por vezes. Não passaria o dia com ele no repeat.

Fiquei várias horas tentando escolher uma dentre as 6 para ter como favorita do álbum, mas acredito que desta vez não consiga escolher uma. Então falarei da que mais me chamou atenção nesse álbum.

“Lucid Dreams” foi a minha escolha, como boa pessoa que anda apaixonadíssima por vocais, a última música do álbum traz um enfoque maior aos vocais das garotas. O álbum todo provou que elas podem cantar e fazer rap e trabalham muito bem suas extensões vocais. 

Mas quando “Lucid Dreams” fala sobre estar perdido em um sonho, numa pessoa como sonho, e não conseguir parar de amar ela, com vocais em harmonia que soam quase como uma música de ninar e me lembraram das diversas vezes em que me peguei sonhando acordada. Como em um sonho lúcido. Eu não precisei pensar duas vezes antes de escolher ela.


CONCLUSÃO:


O primeiro mini álbum do girl group rookie da SM Entertainment, Aespa, traz um conceito futurista com sua pegada Hyperpop, que por si só é a própria ideia de levar os limites do Pop ao seus extremos, nada novo vindo da empresa que sempre traz alguma novidade em cada novo debut de grupo.

“SAVAGE” teve diversas entradas em charts apesar de sua sonoridade diferente para o estilo K-Pop, tanto o álbum quanto o single de mesmo nome, mostrando que o tão aguardado trabalho das novatas tem seus admiradores. 

Essa escritora sendo uma deles dando uma nota de 4.5/5.

E pessoalmente eu estou apaixonada pelo trabalho das garotas, porém sei que não é o tipo de música para qualquer pessoa e por essa razão dou 7/10 para o álbum. Ele é bem produzido e consistente, mas não é para qualquer ouvido.

No geral estou extremamente intrigada pelo caminho que as garotas do Aespa caminharão e se você, leitor, também se interessa por sonoridades que subvertem os padrões e gosta de girl groups, Aespa é o grupo para você.


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