O grupo feminino de K-Pop fez seu comeback dia 14 de março com o seu primeiro full-album “I NEVER DIE” recheado de atitude e agressividade que a muito não vejo no K-Pop.
por Torya Zanella 22-03-22
Com a faixa título, “TOMBOY”, o grupo mostra um lado cheio de atitude com uma música de influência rock, um quê de pop punk também. Me deixando apaixonada pela guitarra distorcida e sintetizador com um timbre tão incrível que me até lembrou de um duo que sou apaixonada de rock com uma pegada ‘spooky’.
Mesma sensação e vibe que eu tive também com o MV, desde a brincadeira com as bonecas, as explosões e principalmente a narrativa levemente ‘assassina’, mas que só fez todo o conceito ser mais impactante ainda.
A única parte que que ainda não entendi um pouco foi a utilização de figurinos e maquiagens fortes e extravagantes em uma música em que elas cantam “I’m the [blip] tomboy”{trad: eu sou blip um tomboy}.
MAS a ideia eu acredito que foi passada, elas não são bonecas de princesa rosa e cheia de fofura (eu falo sobre isso no meu vídeo no Youtube).
Todo o álbum traz um conceito forte, feroz e se eu dizer de novo ‘atitude’ vou estar me repetindo, mas é a mais pura verdade. Toda a energia do álbum, CD físico, música e seus subgêneros, escolha de figurinos, referências e letras, traz a atitude rebelde que é apresentada no MV e nos teasers.
Como uma “procura de liberdade através da contradição" além é claro da rebeldia de ir contra um padrão.
Poucos grupos, mesmo que tenham conceitos intensos, trazem esse tipo de estilo. O que me surpreendeu demais é que não apenas “TOMBOY” e “MY BAG” (a b-side de promoção) como todo o álbum tem essa pegada rebelde e jovem e livre, em busca de liberdade.
Indo contra o padrão. Contra o esperado. Contra uma INDÚSTRIA.
Mas esse assunto pode ficar para um outro post/conteúdo sobre como o (G)I-DLE, com a liderança da Soyeon se mostra um grupo ‘do contra’ e ‘quebra’ estereótipos.
Com uma história contada do ponto de vista do que me pareceu um 'eu-lírico' em decadência, um vilão em seu ‘fim de carreira’, talvez até mesmo um coração partido que ainda se segura nos últimos fios de esperança mesmo sabendo que uma hora tudo vai acabar.
As garotas mostram um lado da arte delas que me surpreendeu com o quão profundo elas podem chegar, mesmo que não seja uma grande ode a uma análise psicológica, mas na verdade representa uma visão muito real e dolorosa do que é ser um ‘ser humano’ em questão do que se passa na cabeça e coração de uma pessoa que ou está o limite ou acabou de estourar em raiva por ser obrigado a entrar em um 'padrão'.
O vídeo track de “MY BAG” traz com ele a influência hip hop complementando a música que é uma clara ‘diss-track’ perguntando o porque as pessoas adoram saber cada pequeno detalhe da vida das garotas assim como elas fazem alusão na letra com a frase ‘eu vou te mostrar o que tem na minha bolsa’.
Com a título “TOMBOY” as garotas trouxeram a vibe geral do álbum em um novo aspecto delas, novas cores e atitudes e formas de se expressar.
Eu não consigo dizer o quão alegre eu estou de ver mais um grupo no K-Pop trazer a influência do rock para as músicas, assim como O Dreamcatcher que me fez refém da sua música em menos de uma semana, as garotas do (G)I-IDLE me deixaram apaixonada de novo por elas com esse novo álbum que com toda certeza seria algo que eu como compositora faria.
MINHA ESCOLHA MUSICAL
“VILLAIN DIES”.
Eu amei “LIAR” e “MY BAG” com todo o meu coração, mas “VILLAIN DIES” é meu hino. Quase chorei com a letra porque como eu disse logo acima, esse álbum passa muito perto do que eu como compositora faria.
Desde o momento que ouvi a música já amei, mas depois de ir atrás da letra e ainda pensar que era exatamente o que eu ando sentindo nos últimos tempos e ainda gostaria de colocar em palavras… bom, essa é a minha resposta.
CONCLUSÃO
Se você foi um dos adolescentes que passou anos ouvindo pop punk com toda certeza vai amar esse álbum.
Se você foi uma adolescente que não entendia porque todos queriam ser a barbie e você não aguentava mais ter que lidar com gente te olhando estranho porque era um pouco diferente? Esse álbum é pra você.
E se você gosta de rock, guitarras distorcidas e atitude ‘punk-rock’ com toda certeza vai amar esse trabalho das garotas do (G)I-DLE.
Das músicas mais calmas às mais agitadas, o álbum inteiro passa por emoções de raiva, solidão, perda, indignação e apesar de um tanto quanto melancólico tem sua esperança de que algo pode melhorar.
Mesmo que isso tenha que ser feito pelas próprias mãos ao amarrar o cara de cabeça para baixo e explodir um carro na frente de um cinema…
Muito específico?
Bom, essas são as referências visuais do MV de “TOMBOY” que você pode assistir aqui e dar seu apoio às garotas.
E termino dizendo que a cada dia que passa, a cada nova música do (G)I-DLE, elas se mostram mais e mais competentes e dispostas a passar pelo o que for para mostrar quem realmente são.
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