domingo, 27 de março de 2022

Stray Kids voltou como os 'MANÍACOS' que todos conhecemos

 O grupo masculino da JYP Entertainment fez seu comeback dia 19 de março e pra ser bem sincera eu nem sei por onde começar…

por Torya Zanella 27/03/22

font: Twitter oficial do Stray Kids


Como sempre o Stray Kids depois de fazer seu comeback dia 18 de março me deixou sem o que falar.


Toda vez que eu escuto uma música nova do grupo, solo, duo e afins eu tenho que pelo menos sentar umas boas horas pra entender como cada elemento musical, efeito e construção musical funciona em cada uma das faixas.


Com ODDINARY os garotos do Stray Kids mostraram de novo que são produtores incríveis e únicos em suas escolhas de sons.

Eu nem preciso dizer que usar pássaros e logo depois um som de furadeira foi uma escolha que só o Stray Kids faria e só eles poderiam e podem fazer esse tipo de coisa funcionar.


em off: durante a análise desse álbum, me ocorreu um momento em que estava ouvindo uma das faixas e me surpreendi com a escolha de ter um sample de moto, quando na verdade não era um sample e sim o barulho vindo de fora da janela do meu escritório e pensei comigo que esse tipo de pensamento só existiu porque eu estamos falando do Stray Kids, se fosse outro grupo eu não teria esse pensamento e isso diz MUITO sobre o grupo.


O Stray Kids é conhecido por ser um grupo de “noise music” cheio de elementos eletrônicos e samples de coisas que não esperamos que estejam em uma música, pessoalmente eu sou apaixonada pela forma como eu consigo observar em uma música pop, um K-Pop, elementos que eu aprendi na faculdade quando estudava música eletroacústica, concreta e os princípios da música eletrônica.


O álbum se mostrou dentro dos padres de baixos presente e cheios, com linhas melódicas nas frequências da voz e harmonias que contrastam com tudo o que veio antes, o Stray Kids sempre traz o uso de um set de sopros de metais fazem das músicas cheias de distorções e samples que de verdade só funciona pelo simples fato de ser um traço de marca do stray kids


De novo com músicas de units mostrando que cada nova combinação tem a capacidade de trazer cores e combinações únicas, incrível.





Um mini álbum muito bem produzido, como esperado do 3RACHA, conquistou meu coração com suas peculiaridades de música barulhenta. Faz meu estilo, sou apaixonada e entusiasta da coisa.


Eu sei que isso não é o gosto da maioria ou pelo menos de grande parte das pessoas e tudo bem, na verdade eu acho incrível a forma como o Stray Kids tem uma marca tão específica e reconhecida que já faz tempo que eles estão a cada novo comeback afirmando que essa é a forma deles de fazer as coisas.


MINHA ESCOLHA MUSICAL


Como amo coisas barulhentas eu devo dizer que foi difícil escolher apenas uma, a título, “MANIAC” é incrível, “FREEZE” e charmer se tornaram minhas queridinhas, porém “VENOM” ainda ganha mais um pouco pelo sua presença do que eu chamo de “dirty sound” entre MUITAS ASPAS porque a música aparenta ter poucos elementos, mas todos são na sua cara e muito bem marcados, dando uma sensação agressiva com pouco.


Como se você estivesse limpando uma sujeira com a presença da música, ainda mais pelo contraste melódico e quase etéreo das harmonias e vozes que se contraporem com os baixos e distorções.


E para saber mais do que eu achei de "MANIAC" vou deixar aqui meu video sobre a música e MV:



CONCLUSÃO


Não é um álbum pra todo mundo

Porém, isso não é nada novo de se dizer sobre o Stray Kids

Raps muito bem construídos, vocais únicos dos mais graves (oi Felix) aos agudos, sons eletrônicos e super processados.


Stray Kids é simplesmente um grupo muito único e tem uma marca bem estabelecida. PORÉM por isso mesmo faz com que o grupo seja OU amado OU odiado.


Não é um grupo fácil de se gostar, em questão musical, por ter um estilo musical que não é comum e que demanda tempo e um certo esforço. Se você já não gosta de coisas barulhentas e cheias de informação, eles não são um grupo musical para você.


Mas se você tem um amor OU curiosidade por coisas diferentes do padrão da indústria, Stray Kids é uma ÓTIMA escolha.


Pessoalmente, eu amei o álbum, é super o meu estilo e entra na minha lista de favoritos com toda certeza.


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terça-feira, 22 de março de 2022

(G)I-DLE fez seu comeback explosivo (literalmente) e agressivo que até me lembrou da minha adolescência.

O grupo feminino de K-Pop fez seu comeback dia 14 de março com o seu primeiro full-album “I NEVER DIE” recheado de atitude e agressividade que a muito não vejo no K-Pop.

por Torya Zanella 22-03-22

fonte: Twitter oficial @ G_I_DLE

Com a faixa título, “TOMBOY”, o grupo mostra um lado cheio de atitude com uma música de influência rock, um quê de pop punk também. Me deixando apaixonada pela guitarra distorcida e sintetizador com um timbre tão incrível que me até lembrou de um duo que sou apaixonada de rock com uma pegada ‘spooky’.


Mesma sensação e vibe que eu tive também com o MV, desde a brincadeira com as bonecas, as explosões e principalmente a narrativa levemente ‘assassina’, mas que só fez todo o conceito ser mais impactante ainda.

A única parte que que ainda não entendi um pouco foi a utilização de figurinos e maquiagens fortes e extravagantes em uma música em que elas cantam “I’m the [blip] tomboy”{trad: eu sou blip um tomboy}. 

MAS a ideia eu acredito que foi passada, elas não são bonecas de princesa rosa e cheia de fofura (eu falo sobre isso no meu vídeo no Youtube).


Todo o álbum traz um conceito forte, feroz e se eu dizer de novo ‘atitude’ vou estar me repetindo, mas é a mais pura verdade. Toda a energia do álbum, CD físico, música e seus subgêneros, escolha de figurinos, referências e letras, traz a atitude rebelde que é apresentada no MV e nos teasers.

Como uma “procura de liberdade através da contradição" além é claro da rebeldia de ir contra um padrão.


Poucos grupos, mesmo que tenham conceitos intensos, trazem esse tipo de estilo. O que me surpreendeu demais é que não apenas “TOMBOY” e “MY BAG” (a b-side de promoção) como todo o álbum tem essa pegada rebelde e jovem e livre, em busca de liberdade.


Indo contra o padrão. Contra o esperado. Contra uma INDÚSTRIA.

Mas esse assunto pode ficar para um outro post/conteúdo sobre como o (G)I-DLE, com a liderança da Soyeon se mostra um grupo ‘do contra’ e ‘quebra’ estereótipos.


font: Twitter oficial @ G_I_DLE

Com uma história contada do ponto de vista do que me pareceu um 'eu-lírico' em decadência, um vilão em seu ‘fim de carreira’, talvez até mesmo um coração partido que ainda se segura nos últimos fios de esperança mesmo sabendo que uma hora tudo vai acabar.

As garotas mostram um lado da arte delas que me surpreendeu com o quão profundo elas podem chegar, mesmo que não seja uma grande ode a uma análise psicológica, mas na verdade representa uma visão muito real e dolorosa do que é ser um ‘ser humano’ em questão do que se passa na cabeça e coração de uma pessoa que ou está o limite ou acabou de estourar em raiva por ser obrigado a entrar em um 'padrão'.



O vídeo track de “MY BAG” traz com ele a influência hip hop complementando a música que é uma clara ‘diss-track’ perguntando o porque as pessoas adoram saber cada pequeno detalhe da vida das garotas assim como elas fazem alusão na letra com a frase ‘eu vou te mostrar o que tem na minha bolsa’.


Com a título “TOMBOY” as garotas trouxeram a vibe geral do álbum em um novo aspecto delas, novas cores e atitudes e formas de se expressar.


Eu não consigo dizer o quão alegre eu estou de ver mais um grupo no K-Pop trazer a influência do rock para as músicas, assim como O Dreamcatcher que me fez refém da sua música em menos de uma semana, as garotas do (G)I-IDLE me deixaram apaixonada de novo por elas com esse novo álbum que com toda certeza seria algo que eu como compositora faria.


MINHA ESCOLHA MUSICAL


“VILLAIN DIES”.

Eu amei “LIAR” e “MY BAG” com todo o meu coração, mas “VILLAIN DIES” é meu hino. Quase chorei com a letra porque como eu disse logo acima, esse álbum passa muito perto do que eu como compositora faria.

Desde o momento que ouvi a música já amei, mas depois de ir atrás da letra e ainda pensar que era exatamente o que eu ando sentindo nos últimos tempos e ainda gostaria de colocar em palavras… bom, essa é a minha resposta.


CONCLUSÃO


Se você foi um dos adolescentes que passou anos ouvindo pop punk com toda certeza vai amar esse álbum.

Se você foi uma adolescente que não entendia porque todos queriam ser a barbie e você não aguentava mais ter que lidar com gente te olhando estranho porque era um pouco diferente? Esse álbum é pra você.


E se você gosta de rock, guitarras distorcidas e atitude ‘punk-rock’ com toda certeza vai amar esse trabalho das garotas do (G)I-DLE.


Das músicas mais calmas às mais agitadas, o álbum inteiro passa por emoções de raiva, solidão, perda, indignação e apesar de um tanto quanto melancólico tem sua esperança de que algo pode melhorar.


Mesmo que isso tenha que ser feito pelas próprias mãos ao amarrar o cara de cabeça para baixo e explodir um carro na frente de um cinema… 

Muito específico?

Bom, essas são as referências visuais do MV de “TOMBOY” que você pode assistir aqui e dar seu apoio às garotas.




E termino dizendo que a cada dia que passa, a cada nova música do (G)I-DLE, elas se mostram mais e mais competentes e dispostas a passar pelo o que for para mostrar quem realmente são. 


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segunda-feira, 7 de março de 2022

Wonho fez seu comeback e "Obcecada" foi algo que eu NÃO fiquei

O solista Wonho fez seu comeback dia 16 de Fevereiro com o single “Obsession” e minha surpresa não veio de lugares agradáveis. 

por Torya Zanella (07-03-22)


Twitter Oficial @official_wonho


Para ser bem sincera eu não estava esperando nada

Nada mesmo, eu conheço o Wonho e já tinha uma ideia das músicas que ele anda fazendo e elas não foram do meu agrado, tanto que eu demorei semanas até me pôr para ouvir o single novo.

Me decepcionei? Não, porém…


Sim, Wonho está mostrando um lado maduro, um que não vi no Monsta X.

Sim, o Monsta X é um grupo mais maduro e que toca em assuntos de pessoas da idade deles e com uma audiência, um público, mais velho e internacional.

Mas Wonho está mostrando QUEM ele é como artista em seu trabalho solo.


Músicas emotivas relativamente melodramáticas e com conceitos sensuais.

Não me surpreendi com o conceito de “Eye On You”, mas me impressionei com os toques dark que a música e o MV tem, para mim o Wonho sempre iria para um lado mais melódico e passional.

“Eye On You” é uma música intensa de beat eletrônico que me trouxe traços de dance house que talvez seja meu ouvido acostumado a outras coisas que simplesmente achou a música linear demais.


Foi só eu, ou mais alguém teve a sensação de que ele se revirava em si mesma?





Para começar a discussão eu quero apontar o quanto esse conceito me levou a pensar em uma boate de um filme de ficção científica.

Se eu fechar os olhos consigo claramente ver as luzes neon contra paredes de concreto e pessoas vestidas de formas interessantes e chamativas dançando ao som da música que sai pelos alto falantes gigantes ao mesmo tempo em que os personagens principais da história discutem algo muito importante minutos antes de serem pegos pelos vilões e uma briga acontecer ao som do grave do das linhas de baixo de “Eye On You”.


Claramente posso ver a edição rápida e frenética que essa cena resultaria em um filme de futuro distópico e tecnológico.


(lembrando que não é a primeira vez que comento sobre como a onda futurista está em alta nos conceitos de K-Pop)


Seguindo a discussão, eu me impressionei mais com o fato da música ter um tom mais agressivo do que as anteriores do que com a sua própria composição.

Pessoalmente achei a música ‘linear’ demais, poucos contrastes de momentos musicais diferentes e dinâmica muito parecida durante a música inteira.


Também conhecida como a música perfeita para tocar em clubes pelo simples fato de ela não ter um respiro real e esse efeito em ambientes fechados e controlados como boates é o intuito, manter as pessoas ali dentro entretidas.

“Eye On You” é para mim uma música muito estável, com pouca para quase nenhuma dinâmica e se mentem muito na mesma linha, ela é futurista, psicodélica e repetitiva.


Assim como músicas de meditação, uma música com uma linha melódica e campo harmônico muito bem definido que não se altera nem extrapola em loucuras do sistema tonal, feita para se revirar em si mesma e manter a pessoa concentrada no aqui e agora.


Algo que “Eye On You” faz muito bem.


Wonho foi pra uma vibe dramatica, sensual e psicodélica e em cada comeback eu sinto mais certeza que ele se sente muito mais confortável para expressar sua arte 100% do seu jeito, com músicas dentro do aspecto melódico dramático e extremamente sentimental e outra intensas e dançantes com muito mais sensualidade e paixão. 


“Somebody”, a b-side do single, eu esperei que fosse mais uma das melódicas melodramáticas, apenas por começar com um vocal limpo e um violão também limpo.

Mas o crescimento da linha do baixo com sons de metais me deixou em alerta para logo em seguida ser surpreendida com uma vibe bem light rock com um baixo de verdade e bateria.

Uma música intensa, mas alegre que me soa como um nascer de sol. Exatamente como aquelas últimas horas de noite antes do sol nascer mas que se você olhar para o horizonte você já pode ver os primeiros raios de sol do dia.


Termino dizendo que apesar de ter amado “Somebody” e ter a salvo na minha lista de músicas, não é do meu agrado total. Apesar de o single "Obsession" ser muito bem construído, com a title “Eye On You” e “Somebody”, eu não caí de amores e de verdade não estou nenhum pouco surpresa porque apesar de gostar do Wonho eu não sou fã do estilo de trabalho dele.


Trabalho impecável e bem feito, só não é do meu agrado pessoal.

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sábado, 5 de março de 2022

Com todo o meu coração eu digo que me apaixonei pelo STAYC

 O grupo feminino STAYC fez seu comeback e como compositora e amante de futurismo eu tenho algumas opiniões

por Torya Zanella 04-03-22

fonte: Twitter Oficial @ STAYC_official

A meses estou enrolando para ver e entender sobre o grupo feminino STAYC e devo dizer que deveria ter feito isso antes. Com o recente comeback de 21 de Fevereiro de 2022 com o álbum YOUNG-LUV.COM elas me conquistaram.

E até me fizeram ir atrás das músicas anteriores.


A música título “RUN2U” me trouxe vibes para um pop eletrônico antigo com traços de eletro swing e um MV com uma estética futurista que veio dos anos 80 e foi repaginada para os dias atuais.

Não vaporwave, futurista mesmo.

Com um baixo muito presente e harmônico contrastando com momentos mais ‘flutuantes’, com o que me pareceu um saxofone processado (quando o som passa por processos eletrônicos de equalização e efeitos em um programa de edição de áudio) e vocais assertivos e percussões extremamente ritmadas fizeram da música uma linda composição cheia de elementos que foram muito bem construídos e apresentados aos ouvidos do público.

O que só continua adicionando para o conceito futurista e alegre que o grupo traz. 


O que me leva a pensar muito sobre como esse é o conceito (futurista) é o conceito do ano, mas isso fica pra outro post.


O álbum inteiro traz uma vibe jovem, alegre, festiva, traz uma vibe de pop rock com toques eletrônicos dos anos 2000 também.

A história contada a princípio me deixou de nariz torto, principalmente por começar com “RUN2U” com uma letra que pessoalmente me pareceu um amor um tanto quanto obsessivo.

Mas ao que as músicas passavam e eu fui atrás das letras em ordem, isso me trouxe uma narrativa muito verdadeira sobre um um amor jovem e inocente, o tipo de amor que você tem pela primeira vez e não tem ideia de como lidar porque nunca sentiu isso antes.

Tudo é novo e quando experimentamos algo pela primeira vez queremos tirar tudo da situação, como bom adolecete, como jovens, queremos tudo e mais um pouco da situação.

Para quem já passou por isso é possível quase se recordar das próprias memórias de quando era mais novo e das ‘burrices’ que fez, e essa é a sensação que tenho com esse álbum.

Um amor novo que está experienciando tudo pela primeira vez então faz e tem atitudes não muito saudáveis e um tanto obsessivas, mas que aos pouco começa a entender que isso talvez não seja a melhor escolha.





Estou muito impressionada com a qualidade do trabalho das garotas, os visuais são insanos e se tornaram um dos meus favoritos.


“RUN2U” entrou na minha playlist de K-Pop favorita, mesmo que o mini álbum não tenha entrado por inteiro na minha biblioteca de músicas, gosto pessoal, é possível reconhecer um ótimo trabalho e mesmo assim não ter preferência por ouvir ele por que gostos são MUITO SUBJETIVOS.

“I WANT U BABY” foi a minha escolha pessoal para esse mini-álbum pelos vocais e letra e PRINCIPALMENTE PELA COMPOSIÇÃO.

Um tanto fora do que costumo amar de primeira, mas a sensação que ela me passou quase que etérea com os sintetizadores e timbres usados para criação da textura harmônica casaram perfeitamente com o beat de base que apesar de ser leve em percussão é intenso em baixo, mesmo que ele apareça quase que minimalista.



Dos novos grupos que estão em seus primeiros meses e anos de carreira, com toda certeza STAYC me conquistou e posso chamar as garotas de uma grande promessa para a indústria.


Vou deixar os links para seus MVs e músicas aqui 


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SNEAKERS é completamente descolada do resto do trabalho e isso me incomodou muito.

 Uma critica mini-album Checkmate do ITZY por Torya Zanella 26-07-2022   Uma música título fraca com um potencial já foi entregue por elas. ...