terça-feira, 26 de julho de 2022

SNEAKERS é completamente descolada do resto do trabalho e isso me incomodou muito.

 Uma critica mini-album Checkmate do ITZY


por Torya Zanella 26-07-2022


 


Uma música título fraca com um potencial já foi entregue por elas.

Quase como uma clara bandeira de que elas foram colocadas a isso para entrar nas graças de um público em específico.

E como todos sabemos que o K-Pop tem seu mercado principal como jovem, em específico adolescentes na Coréia. Eu devo dizer que está música entre neste padrão.

(mas essa sonoridade extremamente jovem para um grupos que já está na ativa a um tempo vem me pegando de forma estranha à alguns meses)


A título é A CARA DO ITZY, muito bem produzida e com todos os clichês que uma música do ITZY teria para ser reconhecida, mas soa como uma música de rookie.

Como se elas tivessem acabado de debutar, mas elas já tem 3 anos ativas com vários mini álbuns lançados, elas já mostraram que merecem amadurecer a música delas (como eu já estava vendo nos últimos lançamentos, ainda com toda a sonoridade jovem, mas com um som mais trabalhado).

E não digo madura como ligando diretamente a coisas de ADULTO, vamos deixar isso bem claro, mas digo como artistas, depois de 3 anos fazendo música você muda.

Na verdade, depois de um ano fazendo qualquer coisa você melhora e muda, então sim, elas merecem uma música título mais trabalhada.


Com maduro eu não estou implicando que assunto X ou Y deveria ser abordado em letras e/ou imagens em seus MVs, eu estou falando em SONORIDADE

E não venha me dizer que todos os beats são iguais porque não são. E eu vou ser a primeira a dizer (como compositora) que eles não são iguais ao mesmo tempo que eles têm uma BASE DE PENSAMENTO parecida.

Já ouviu falar em clichês de estilos musicais? Pois bem, é sobre isso que eu estou comentando nesse argumento.


O que me leva ao resto do álbum, que foi incrível e impecável nesse âmbito. Mostrando as cores do ITZY que já foram vistas antes, mas agora em novos trabalhos, ESSAS MÚSICAS são o que eu vou chamar de “o som do ITZY que está crescendo”

Elas estão cada vez mais afirmando um caminho pelo qual trabalham sua sonoridade, mas isso também me traz a: as músicas títulos delas tem algo muito específico que foi trazido de volta, a temática que já foi bem usada em seu debut, mas que desta vez parece que algo faltou.

AO CONTRÁRIO das B-sides, que me apresentam uma sonoridade constante e que mostra que elas têm algumas escolhas bem interessantes para a sua sonoridade.


Minha opinião sobre o mini álbum de checkmate é interessante do ponto de vista musical: ITZY é um grupo de música barulhenta, mas muita gente não está pronta para falar sobre isso.

(mas querer abrir uma discussão aqui sobre como as pessoas não se dispõem a entender como música realmente funciona e acham que é SÓ um monte de barulhos ‘que elas não entendem’ misturados e colocados junto em alguns minutos vai ser demais para hoje, deixamos para outro dia isso, ok?)


Até agora, as B-sides do ITZY se provaram sonoramente serem tão cheias de informação e sons diferentes, barulhentos, eletrônicos com vocais limpos das vocalistas e raps marcados das rappers (lembrando que aqui estamos falando de rap pop, não do rap gênero, são coisas diferentes) que me surpreende a diferença GRITANTE entre todo o caminho que pode ser traçado até aqui e a escolha de SNEAKERS como música título para esse mini-album.


A verdade é que ITZY tem um grande potencial em seu fandom que merece um olhar cuidados, com carinho (o que levando a minha opinião de estudante de marketing, é mais fácil manter uma fanbase do que querer crescer de forma desenfreada e não conseguir lidar com isso depois), mas algo me parece fora de lugar.

ITZY é um grupo jovem ainda, mas que se mostrou extremamente talentoso e que aparentemente tem uma fanbase feminina e internacional forte (pelas minhas observações), mas de novo, o K-Pop tem seu mercado principal no jovem (menos de 20 anos) coreano.


O que me leva por fim a: SNEAKERS é total e completamente desconexa do resto do álbum. 

Em sonoridade, ambientação, em apresentação, ao ponto de que no momento que este texto está sendo postado me veio o conhecimento de que a CAPA dele foi MUDADA por ser “sombria” demais com o trabalho.


E finalizo com um argumento sobre como as fotos conceito e afins de teasers que saíram fazem sentido. Com o trabalho como um todo se não levarmos em relação a música título.

Que é realmente boa, veja bem, não estou dizendo que a música é ruim, mas como compositora e por já consumir as músicas do ITZY a um tempo não estou reclamando da música ser fofa e alegre, mas algo em sua produção deixou a desejar.

E não combina com o resto do álbum.


SNEAKERS é completamente descolada do resto do trabalho e isso me incomodou muito.


A música é fora da curva para o projeto Checkmate, com impostações vocais, sons, letra e formação (e tanta coisa que eu nem sei mais o que merece ser listado ou se já não falei isso) que não condizem com o resto do álbum.


Separados funcionam, mas juntos me causam estranheza.


Apesar de parecer que eu detestei a música com todas as células do meu corpo , eu quero dizer que:

Eu não sou o público alvo com TODA CERTEZA, pela breve análise que eu fiz e observações da indústria que ando fazendo.

E tudo bem


Pessoalmente me apaixonei em Racer e 365, e vou seguir a minha vida escutando elas.

Minha conclusão é de que o álbum foi bem produzido, mas leva um 3.5 de 5 pela desconexão entre a faixa-título (que era para ser a carro chefe que levaria o resto para frente, mas deixou a desejar) que parece ter sido escrita para elas quando estavam para debutar, mas jogaram para depois e pela divulgação que focou em uma estética que sim favorece a ideia do álbum… mas não a de SNEAKERS.

Separadas? Perfeitas. Juntas? Precisam de mais trabalho.


Resumo: músicas boas, mas com execução da PRODUÇÃO que deixa muito a desejar.


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segunda-feira, 23 de maio de 2022

Sobre o Debut do LE SSERAFIM e idols como símbolo de um sonho poderoso, que pode dar errado

LE SSERAFIM fez seu debut dia 2 de maio de 2022 e depois de pensar bastante vim aqui falar um pouco sobre

por Torya Zanella


 Para começo de conversa eu não vou ficar parágrafos e parágrafos falando sobre os escândalos sobre o passado de uma das membros, eu não estou a par de todas as informações e esse post não é sobre essas polêmicas em específico.
Se você não me conhece, olá meu nome é Torya e eu sou compositora e escritora, eu estou aqui para falar sobre K-Pop da perspectiva de uma profissional, acadêmica e por fim consumidora. Tudo o que eu abro ao público são pensamentos e opiniões que vão para além da subjetiva de uma fã.
E por isso eu digo que não me senti nenhum pouco emocionada com esse debut das garotas do LE SSERAFIM, para começo de conversa a música título é fraca, mas as outras tracks do álbum me surpreenderam um pouco.

Com a onda de músicas experimentais e cheias de instrumentos e elementos musicais, LE SSERAFIM trouxe algo na contramão. Interessante? Sim, mas o que deixou a desejar é que a título é muito esquecível.

Depois de ouvir a primeira vez eu já nem me lembrava como a música era a única sensação que ficou foi de que a música não era nada demais. Ao contrário das outras do álbum que me pareceram mais interessante e flertavam mais com o que o mercado do K-Pop hoje parece pedir e está esfregando com seus artistas 


Meus pensamentos sobre como o mv, em específico a dança foi apresentada… bom eu achei levemente sexualizado até porque o problema aqui está em elas serem rookies e JOVENS e mulheres. Mas isso é uma crítica a indústria, ok, nada com as meninas.




Elas apresentaram ser talentosas e com grande potencial, até pelo pouco que eu sei sobre seus talentos artísticos e vidas artísticas, porém ainda está cedo para qualquer veredito final, é apenas o debut.


Eu não sei vocês, mas me contem, como vocês tomam os grupos em seus debuts? Esperam para eles mostrarem a que vieram com o tempo ou já tem uma opinião formada com apenas uma música, ou um mini álbum?


Eu nunca dou um veredito sobre um grupo e seu potencial artístico apenas com o debut, quero ver se elas tem o poder e ir pra frente. E isso leva tempo e alguns comebacks



Mas voltando a música…

“FEARLESS” é uma música simples demais, bem produzida, mas esquecível até mesmo o palavrão que me chocou, na hora que eu ouvi eu acabei esquecendo e só lembrei ao ouvir a música de novo.

Eu não entendi NADA do que a Hybe/Source quis com isso.


Mostra que elas são poderosas? Que não ligam para estereótipos e tem letras de empoderamento? E por isso não é para mexer com elas porque elas são as ‘donas da p*rra toda” como diz na letra [I’m that b*tch]?

Me mostrou certo… produzido demais… uma necessidade de se apresentar com essa persona, mas que não se sustenta, nem musicalmente nem na atitude. Algo não me deixa acreditar que elas sejam toda essa força empoderada, única e girl power.


Sabemos que o conceito girl power vem muito forte, uma parte de mim gosta, e a outra (a cínica) questiona o quanto desse empoderamento é apenas uma escola marketing muito bem curada, isso vende e o público quer ouvir isso, porque da engajamento, bom E ruim.


E isso não é sobre LE SSERAFIM.

Mas isso é uma discussão para além do simples fazer artístico (apesar de que eu acredito que o fazer arte é em seu todo uma manifestação social de ideias e bandeiras, mas ESSA discussão merece um Ted Talk só pra ela) porque estamos em um local de indústria, controlada por alguém.


Sim falar sobre isso é importante e eu acho incrível que mais grupos estejam tomando esse assunto, mas sempre com a noção de que isso não faz delas fadas que nunca erram, digo isso para até mesmo os grupos de 4gen que já trouxeram esse conceito

Até que provem que não é só fachada de um conceito, mas eu posso falar mais disso mais para frente se quiserem.

Porque apesar de toda a estética, conceito e letra poderosos, com uma title com o nome de "FEARLESS", sem medo, essa música em momento nenhum se mostrou forte o suficiente em sua composição, apelo artístico e reação com o público. 


((quando eu digo que o consumidor, ouvinte, fã, não é idiota e consegue perceber quando algo não é autentico ou pelo menos não tem um fio de algo real… é verdade

Você concorda comigo?))



OPINIÃO SOBRE A COMPOSIÇÃO


Simples, de forma estrutural mais do que conhecida, com todos os elementos de hit atuais, como o bendito anti-drop que não faz o menor sentido no meu cérebro, com vocais mais falados e sussurrado, (que talvez sejam uma forma de aproximar o ouvinte do cantor) com um refrão contendo uma frase chiclete que na minha opinião não foi tão chiclete assim.


Nada de surpreendente, nada revolucionário.

Hybe/Source hyparam demais o debut, para lançar uma música que só vai hypar por todos os fatores anteriores e porque a anos o público espera um girl group da Hybe/BigHit.

(e porque agora todos querem saber o que vai ser do grupo depois de tanta polêmica, mas a minha opinião sobre a música ser fraca continua).


Para mim esse hype foi mais sobre as garotas como rostos e possíveis talentos do futuro, como pessoas a serem influentes, do que pela música e pela arte.

(e como eu disse, gera engajamento, bom e ruim).



PENSAMENTOS FINAIS


O que me leva a pensar novamente na indústria que vende rostos, vende personalidades, não é de hoje que o K-Pop faz isso, mas ultimamente eu sinto que isso ficou mais escancarado.


E mesmo que tenham pessoas que falem que hoje temos uma mudança, estamos vendo os artistas produzirem mais suas músicas, estarem mais em contato com sua arte e suas fanbases, sendo mais verdadeiros.

Sim estamos, mas em um geral… o idol como rosto bonito está cada vez mais escancarado e deve ser por isso mesmo que estamos a procura daqueles que são mais, como disse antes, reais, porque dá pra sentir no ar quando não é.


Digo isso pelos artistas da 3 geração  e um ou outro da 4 geração, ainda mais de grandes empresas, apenas os artistas que já se provaram em anos de experiência OU com anos de trainee e por algum milagre de alguma divindade, nos vemos mais participação deles em seus fazeres artístico 

Mas o meu último adendo antes de fechar esse assunto é uma pergunta (fiz várias aqui, mas essa é a que eu quero que você saia pensando sobre).


Quantos integrantes de boy groups vocês vem tendo crédito e sendo reconhecidos pelas músicas em comparação a quantas integrantes de girl groups são?

E ainda tem o fato do que a maioria sempre são os idosos com título de ‘rappers’.



Nao acho q a indústria esteja mudando assim tão rápido, vejo respiro e oportunidade, mas o debut do LE SSERAFIM só me mostrou que essa indústria continua debutando rostos (e muitas vezes prefere um rosto bonito com uma história perfeita que parece ter sido escrita por um copywriter cinco estrelas, ou que possa esconder coisas muito bem $$) e personalidades perfeitamente curadas e a música só é importante para poucos 


(em observação pessoal como consumidora isso se intensifica para os fãs internacionais que não tem interações parassociais mais próximas que são vendidas como parte da experiência de fã-idol onde esses rostos e personalidades brilham mais


E isso abre  uma grande discussão.


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domingo, 27 de março de 2022

Stray Kids voltou como os 'MANÍACOS' que todos conhecemos

 O grupo masculino da JYP Entertainment fez seu comeback dia 19 de março e pra ser bem sincera eu nem sei por onde começar…

por Torya Zanella 27/03/22

font: Twitter oficial do Stray Kids


Como sempre o Stray Kids depois de fazer seu comeback dia 18 de março me deixou sem o que falar.


Toda vez que eu escuto uma música nova do grupo, solo, duo e afins eu tenho que pelo menos sentar umas boas horas pra entender como cada elemento musical, efeito e construção musical funciona em cada uma das faixas.


Com ODDINARY os garotos do Stray Kids mostraram de novo que são produtores incríveis e únicos em suas escolhas de sons.

Eu nem preciso dizer que usar pássaros e logo depois um som de furadeira foi uma escolha que só o Stray Kids faria e só eles poderiam e podem fazer esse tipo de coisa funcionar.


em off: durante a análise desse álbum, me ocorreu um momento em que estava ouvindo uma das faixas e me surpreendi com a escolha de ter um sample de moto, quando na verdade não era um sample e sim o barulho vindo de fora da janela do meu escritório e pensei comigo que esse tipo de pensamento só existiu porque eu estamos falando do Stray Kids, se fosse outro grupo eu não teria esse pensamento e isso diz MUITO sobre o grupo.


O Stray Kids é conhecido por ser um grupo de “noise music” cheio de elementos eletrônicos e samples de coisas que não esperamos que estejam em uma música, pessoalmente eu sou apaixonada pela forma como eu consigo observar em uma música pop, um K-Pop, elementos que eu aprendi na faculdade quando estudava música eletroacústica, concreta e os princípios da música eletrônica.


O álbum se mostrou dentro dos padres de baixos presente e cheios, com linhas melódicas nas frequências da voz e harmonias que contrastam com tudo o que veio antes, o Stray Kids sempre traz o uso de um set de sopros de metais fazem das músicas cheias de distorções e samples que de verdade só funciona pelo simples fato de ser um traço de marca do stray kids


De novo com músicas de units mostrando que cada nova combinação tem a capacidade de trazer cores e combinações únicas, incrível.





Um mini álbum muito bem produzido, como esperado do 3RACHA, conquistou meu coração com suas peculiaridades de música barulhenta. Faz meu estilo, sou apaixonada e entusiasta da coisa.


Eu sei que isso não é o gosto da maioria ou pelo menos de grande parte das pessoas e tudo bem, na verdade eu acho incrível a forma como o Stray Kids tem uma marca tão específica e reconhecida que já faz tempo que eles estão a cada novo comeback afirmando que essa é a forma deles de fazer as coisas.


MINHA ESCOLHA MUSICAL


Como amo coisas barulhentas eu devo dizer que foi difícil escolher apenas uma, a título, “MANIAC” é incrível, “FREEZE” e charmer se tornaram minhas queridinhas, porém “VENOM” ainda ganha mais um pouco pelo sua presença do que eu chamo de “dirty sound” entre MUITAS ASPAS porque a música aparenta ter poucos elementos, mas todos são na sua cara e muito bem marcados, dando uma sensação agressiva com pouco.


Como se você estivesse limpando uma sujeira com a presença da música, ainda mais pelo contraste melódico e quase etéreo das harmonias e vozes que se contraporem com os baixos e distorções.


E para saber mais do que eu achei de "MANIAC" vou deixar aqui meu video sobre a música e MV:



CONCLUSÃO


Não é um álbum pra todo mundo

Porém, isso não é nada novo de se dizer sobre o Stray Kids

Raps muito bem construídos, vocais únicos dos mais graves (oi Felix) aos agudos, sons eletrônicos e super processados.


Stray Kids é simplesmente um grupo muito único e tem uma marca bem estabelecida. PORÉM por isso mesmo faz com que o grupo seja OU amado OU odiado.


Não é um grupo fácil de se gostar, em questão musical, por ter um estilo musical que não é comum e que demanda tempo e um certo esforço. Se você já não gosta de coisas barulhentas e cheias de informação, eles não são um grupo musical para você.


Mas se você tem um amor OU curiosidade por coisas diferentes do padrão da indústria, Stray Kids é uma ÓTIMA escolha.


Pessoalmente, eu amei o álbum, é super o meu estilo e entra na minha lista de favoritos com toda certeza.


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terça-feira, 22 de março de 2022

(G)I-DLE fez seu comeback explosivo (literalmente) e agressivo que até me lembrou da minha adolescência.

O grupo feminino de K-Pop fez seu comeback dia 14 de março com o seu primeiro full-album “I NEVER DIE” recheado de atitude e agressividade que a muito não vejo no K-Pop.

por Torya Zanella 22-03-22

fonte: Twitter oficial @ G_I_DLE

Com a faixa título, “TOMBOY”, o grupo mostra um lado cheio de atitude com uma música de influência rock, um quê de pop punk também. Me deixando apaixonada pela guitarra distorcida e sintetizador com um timbre tão incrível que me até lembrou de um duo que sou apaixonada de rock com uma pegada ‘spooky’.


Mesma sensação e vibe que eu tive também com o MV, desde a brincadeira com as bonecas, as explosões e principalmente a narrativa levemente ‘assassina’, mas que só fez todo o conceito ser mais impactante ainda.

A única parte que que ainda não entendi um pouco foi a utilização de figurinos e maquiagens fortes e extravagantes em uma música em que elas cantam “I’m the [blip] tomboy”{trad: eu sou blip um tomboy}. 

MAS a ideia eu acredito que foi passada, elas não são bonecas de princesa rosa e cheia de fofura (eu falo sobre isso no meu vídeo no Youtube).


Todo o álbum traz um conceito forte, feroz e se eu dizer de novo ‘atitude’ vou estar me repetindo, mas é a mais pura verdade. Toda a energia do álbum, CD físico, música e seus subgêneros, escolha de figurinos, referências e letras, traz a atitude rebelde que é apresentada no MV e nos teasers.

Como uma “procura de liberdade através da contradição" além é claro da rebeldia de ir contra um padrão.


Poucos grupos, mesmo que tenham conceitos intensos, trazem esse tipo de estilo. O que me surpreendeu demais é que não apenas “TOMBOY” e “MY BAG” (a b-side de promoção) como todo o álbum tem essa pegada rebelde e jovem e livre, em busca de liberdade.


Indo contra o padrão. Contra o esperado. Contra uma INDÚSTRIA.

Mas esse assunto pode ficar para um outro post/conteúdo sobre como o (G)I-DLE, com a liderança da Soyeon se mostra um grupo ‘do contra’ e ‘quebra’ estereótipos.


font: Twitter oficial @ G_I_DLE

Com uma história contada do ponto de vista do que me pareceu um 'eu-lírico' em decadência, um vilão em seu ‘fim de carreira’, talvez até mesmo um coração partido que ainda se segura nos últimos fios de esperança mesmo sabendo que uma hora tudo vai acabar.

As garotas mostram um lado da arte delas que me surpreendeu com o quão profundo elas podem chegar, mesmo que não seja uma grande ode a uma análise psicológica, mas na verdade representa uma visão muito real e dolorosa do que é ser um ‘ser humano’ em questão do que se passa na cabeça e coração de uma pessoa que ou está o limite ou acabou de estourar em raiva por ser obrigado a entrar em um 'padrão'.



O vídeo track de “MY BAG” traz com ele a influência hip hop complementando a música que é uma clara ‘diss-track’ perguntando o porque as pessoas adoram saber cada pequeno detalhe da vida das garotas assim como elas fazem alusão na letra com a frase ‘eu vou te mostrar o que tem na minha bolsa’.


Com a título “TOMBOY” as garotas trouxeram a vibe geral do álbum em um novo aspecto delas, novas cores e atitudes e formas de se expressar.


Eu não consigo dizer o quão alegre eu estou de ver mais um grupo no K-Pop trazer a influência do rock para as músicas, assim como O Dreamcatcher que me fez refém da sua música em menos de uma semana, as garotas do (G)I-IDLE me deixaram apaixonada de novo por elas com esse novo álbum que com toda certeza seria algo que eu como compositora faria.


MINHA ESCOLHA MUSICAL


“VILLAIN DIES”.

Eu amei “LIAR” e “MY BAG” com todo o meu coração, mas “VILLAIN DIES” é meu hino. Quase chorei com a letra porque como eu disse logo acima, esse álbum passa muito perto do que eu como compositora faria.

Desde o momento que ouvi a música já amei, mas depois de ir atrás da letra e ainda pensar que era exatamente o que eu ando sentindo nos últimos tempos e ainda gostaria de colocar em palavras… bom, essa é a minha resposta.


CONCLUSÃO


Se você foi um dos adolescentes que passou anos ouvindo pop punk com toda certeza vai amar esse álbum.

Se você foi uma adolescente que não entendia porque todos queriam ser a barbie e você não aguentava mais ter que lidar com gente te olhando estranho porque era um pouco diferente? Esse álbum é pra você.


E se você gosta de rock, guitarras distorcidas e atitude ‘punk-rock’ com toda certeza vai amar esse trabalho das garotas do (G)I-DLE.


Das músicas mais calmas às mais agitadas, o álbum inteiro passa por emoções de raiva, solidão, perda, indignação e apesar de um tanto quanto melancólico tem sua esperança de que algo pode melhorar.


Mesmo que isso tenha que ser feito pelas próprias mãos ao amarrar o cara de cabeça para baixo e explodir um carro na frente de um cinema… 

Muito específico?

Bom, essas são as referências visuais do MV de “TOMBOY” que você pode assistir aqui e dar seu apoio às garotas.




E termino dizendo que a cada dia que passa, a cada nova música do (G)I-DLE, elas se mostram mais e mais competentes e dispostas a passar pelo o que for para mostrar quem realmente são. 


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segunda-feira, 7 de março de 2022

Wonho fez seu comeback e "Obcecada" foi algo que eu NÃO fiquei

O solista Wonho fez seu comeback dia 16 de Fevereiro com o single “Obsession” e minha surpresa não veio de lugares agradáveis. 

por Torya Zanella (07-03-22)


Twitter Oficial @official_wonho


Para ser bem sincera eu não estava esperando nada

Nada mesmo, eu conheço o Wonho e já tinha uma ideia das músicas que ele anda fazendo e elas não foram do meu agrado, tanto que eu demorei semanas até me pôr para ouvir o single novo.

Me decepcionei? Não, porém…


Sim, Wonho está mostrando um lado maduro, um que não vi no Monsta X.

Sim, o Monsta X é um grupo mais maduro e que toca em assuntos de pessoas da idade deles e com uma audiência, um público, mais velho e internacional.

Mas Wonho está mostrando QUEM ele é como artista em seu trabalho solo.


Músicas emotivas relativamente melodramáticas e com conceitos sensuais.

Não me surpreendi com o conceito de “Eye On You”, mas me impressionei com os toques dark que a música e o MV tem, para mim o Wonho sempre iria para um lado mais melódico e passional.

“Eye On You” é uma música intensa de beat eletrônico que me trouxe traços de dance house que talvez seja meu ouvido acostumado a outras coisas que simplesmente achou a música linear demais.


Foi só eu, ou mais alguém teve a sensação de que ele se revirava em si mesma?





Para começar a discussão eu quero apontar o quanto esse conceito me levou a pensar em uma boate de um filme de ficção científica.

Se eu fechar os olhos consigo claramente ver as luzes neon contra paredes de concreto e pessoas vestidas de formas interessantes e chamativas dançando ao som da música que sai pelos alto falantes gigantes ao mesmo tempo em que os personagens principais da história discutem algo muito importante minutos antes de serem pegos pelos vilões e uma briga acontecer ao som do grave do das linhas de baixo de “Eye On You”.


Claramente posso ver a edição rápida e frenética que essa cena resultaria em um filme de futuro distópico e tecnológico.


(lembrando que não é a primeira vez que comento sobre como a onda futurista está em alta nos conceitos de K-Pop)


Seguindo a discussão, eu me impressionei mais com o fato da música ter um tom mais agressivo do que as anteriores do que com a sua própria composição.

Pessoalmente achei a música ‘linear’ demais, poucos contrastes de momentos musicais diferentes e dinâmica muito parecida durante a música inteira.


Também conhecida como a música perfeita para tocar em clubes pelo simples fato de ela não ter um respiro real e esse efeito em ambientes fechados e controlados como boates é o intuito, manter as pessoas ali dentro entretidas.

“Eye On You” é para mim uma música muito estável, com pouca para quase nenhuma dinâmica e se mentem muito na mesma linha, ela é futurista, psicodélica e repetitiva.


Assim como músicas de meditação, uma música com uma linha melódica e campo harmônico muito bem definido que não se altera nem extrapola em loucuras do sistema tonal, feita para se revirar em si mesma e manter a pessoa concentrada no aqui e agora.


Algo que “Eye On You” faz muito bem.


Wonho foi pra uma vibe dramatica, sensual e psicodélica e em cada comeback eu sinto mais certeza que ele se sente muito mais confortável para expressar sua arte 100% do seu jeito, com músicas dentro do aspecto melódico dramático e extremamente sentimental e outra intensas e dançantes com muito mais sensualidade e paixão. 


“Somebody”, a b-side do single, eu esperei que fosse mais uma das melódicas melodramáticas, apenas por começar com um vocal limpo e um violão também limpo.

Mas o crescimento da linha do baixo com sons de metais me deixou em alerta para logo em seguida ser surpreendida com uma vibe bem light rock com um baixo de verdade e bateria.

Uma música intensa, mas alegre que me soa como um nascer de sol. Exatamente como aquelas últimas horas de noite antes do sol nascer mas que se você olhar para o horizonte você já pode ver os primeiros raios de sol do dia.


Termino dizendo que apesar de ter amado “Somebody” e ter a salvo na minha lista de músicas, não é do meu agrado total. Apesar de o single "Obsession" ser muito bem construído, com a title “Eye On You” e “Somebody”, eu não caí de amores e de verdade não estou nenhum pouco surpresa porque apesar de gostar do Wonho eu não sou fã do estilo de trabalho dele.


Trabalho impecável e bem feito, só não é do meu agrado pessoal.

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SNEAKERS é completamente descolada do resto do trabalho e isso me incomodou muito.

 Uma critica mini-album Checkmate do ITZY por Torya Zanella 26-07-2022   Uma música título fraca com um potencial já foi entregue por elas. ...